A cafeína é frequentemente usada por atletas devido aos efeitos relatados de aumento de desempenho ou ergogênicos. Mas a verdade é que cada pessoa responde de maneira diferente aos efeitos da cafeína. De acordo com um novo estudo da genética do metabolismo da cafeína, realizado pela Universidade de Toronto, atletas com uma variante particular de um gene mostram melhorias notáveis em seu desempenho de resistência após ingestão de cafeína. Hoje já se sabe que o gene CYP1A2 é responsável por aproximadamente 95% da metabolização da cafeína. Esse gene produz uma proteína que participa da metabolização da cafeína pelo fígado. E algumas pessoas possuem uma variante nesse gene que faz com que essa metabolização não seja eficiente, e a cafeína permanece mais tempo no corpo. Os metabolizadores rápidos possuem o gene sem variação, absorvem e eliminam rapidamente a cafeína. Os metabolizadores lentos possuem o gene com alteração, absorvem e eliminam a cafeína de maneira mais lenta. Segundo a maioria das estimativas, cerca de metade das pessoas na população são metabolizadores rápidos. No caso dos metabolizadores lentos, os sintomas e a resposta à cafeína, como o nervosismo, falta de sono, entre outros, são variáveis. Se essas pessoas ingerem quantidades diárias de cafeína superiores à 200mg podem ter um aumento de risco de infarto e também de desenvolvimento de resistência à insulina. Os metabolizadores rápidos da cafeína possuem uma melhor performance, e a substância ajuda de maneira positiva no desempenho. Já para os metabolizadores lentos a ingestão da cafeína pode piorar a performance. Concluindo, como suplemento, a cafeína deve ser usada com cautela, principalmente por pessoas que apresentam histórico de doenças cardiovasculares. Busque sempre orientação médica.