Você sabe por que amamos tanto pizza, macarrão e pão? Nosso paladar é capaz identificar cinco sabores: doce, salgado, azedo, amargo e umani. Na digestão, que começa na boca, o amido é quebrado em maltose, o que leva muitos a pensar que nosso amor pelos carboidratos está inteiramente ligado ao doce. Uma pesquisa da Universidade Deakin, na Austrália, desafia essa ideia e afirma que as pessoas com paladar mais sensível são mais propopensas a comer mais carboidratos. Aqueles que eram sensíveis ao gosto de carboidratos comiam mais desses alimentos e tinham uma cintura maior (sobrepeso, obesidade, risco de doenças cardiovasculares). Essa conclusão se deu por meio da descoberta de que nossa boca consegue detectar dois carboidratos presentes no pão, no macarrão e no arroz. O sabor é considerado tão bom e único, que faz as pessoas quererem consumir mais e mais. Estes carboidratos simples elevam a insulina em picos e a insulina tem como papel tirar o açúcar do sangue e levá-lo para dentro das células. Como o processo é rápido e grande, o sangue fica sem açúcar e seu cérebro emite: “coma mais açúcar (carboidratos simples), você está sem.” Atendo frequentemente pacientes loucos por carboidratos e quando atingem um nível de insulina reduzido, esse desejo diminui. E, se tiverem uma recaída e começarem a comer carboidratos, voltam exatamente para onde estavam antes. Muitos cresceram sendo educados a ingerir mais carboidratos do que qualquer outro nutriente, dieta moderna. Mas hoje sabemos que a gordura é que sacia, sendo o único macronutriente que não estimula a secreção de insulina. Comer alimentos ricos em gordura ajuda a extinguir o comportamento que leva à compulsão alimentar, ao contrário das opções com baixo índice de gordura. O vício em carboidratos é um sistema muito poderoso que precisa ser desmontado, quer seja uma dependência ou doença metabólica. Busque ajuda e orientação de um nutricionista e nutrólogo.