Já falei dos efeitos do cigarro às crianças fumantes passivas (https://goo.gl/uPVHAa). Agora falarei do efeito do cigarro para os ossos. No caso específico de hérnias de disco, há maior incidência em quem fuma e a chance de cura após o tratamento cirúrgico é menor para quem fumou nos últimos 15 anos ou mais. A absorção do cálcio, mineral essencial na composição dos ossos, pode ficar comprometida na presença da nicotina no organismo. A nicotina inibe a produção de osteoblasto, célula responsável pela produção óssea. Já o monóxido de carbono, substância contida no cigarro, é extremamente venenosa, pois reduz em até 15% a capacidade do sangue de transportar oxigênio. A diminuição dos níveis de oxigênio no organismo reduz a densidade dos ossos, tornando-os mais frágeis. Por exemplo, a mulher que está em menopausa perde, em média, cerca de 0,5% de sua massa óssea anualmente, o que faz parte do processo fisiológico de envelhecimento. Já a fumante perde mais de 1% ao ano. O mecanismo desta perda está ligado à interação entre o fumo e o estrógeno, além da liberação de radicais livres, os quais atuam antagonicamente ao hormônio feminino. O risco aumentado de fraturas está ligado ao número de cigarros fumados ao dia, sendo claramente maior quando se fuma mais de 20 cigarros diariamente. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o fumo é responsável por 200 mil mortes por ano no Brasil. Depois da hipertensão, o cigarro é a segunda maior causa de morte do mundo. Consulte um médico para saber formas que auxiliam a parar de fumar.