O cortisol é um hormônio do tipo corticoide, produzido pelo organismo em situações limite e de estresse, ansiedade ou em caso de grandes esforços físicos ou deficiência nutricional. O seu nível normal é 15 μg/dl, mas em caso de estresse ele sobe para os 40 μg/dl em picos e em caso de perigo — pode atingir 100 μg/dl. Este é um tipo de mecanismo de defesa do corpo: em estado de perigo o cortisol ajuda a agir mais rapidamente, em caso de pouca comida faz-nos procurar alimento e em caso de esforços físicos dá-nos a força explosiva. Ao aumentar o nível de cortisol, o corpo tende a mobilizar rapidamente as reservas de energia. A glicose (exatamente como os aminoácidos) é retirada dos tecidos e direcionada para o fluxo sanguíneo, para a ativação da atividade cerebral e maximização da concentração. O aumento do cortisol leva à destruição do tecido muscular: os músculos são desintegrados para deles se retirarem os aminoácidos e a glicose, bem absorvidos pelo organismo, (a glicose está presente nos músculos em forma de glicogênio para garantir o seu trabalho). Se um aumento acentuado do nível de cortisol destrói o músculo, então, uma concentração crônica de valores elevados desse hormônio no sangue por ansiedade e estresse levam, ao aumento da irritabilidade e alterações relacionadas com a deterioração do metabolismo. Além de lesar o metabolismo, altos níveis de cortisol são causa tanto de obesidade, como de aumento do acúmulo de gordura em áreas problemáticas (para os homens — no abdômen e costas, as mulheres — na região dos quadris). A recomendação de não se estender um treino de musculação por mais de 45 minutos tem muito a ver com o fato de após esse tempo o nível de cortisol começar a subir, se iniciarem os processos anabólicos e o corpo começar a destruição da massa muscular. Procure um médico para prevenção e tratamento do cortisol elevado.