O corpo humano possui 10x mais bactérias no intestino grosso do que células no corpo. São estas que constituem a nossa microbiota intestinal, composta por bactérias benéficas e patogênicas. O aumento de mais de 50% do número de Firmicutis por exemplo - bactéria residual e prejudicial ao intestino, acompanhado de diminuição de mais de 50% do número de outras bactérias benéficas, provoca uma maior propensão a obesidade. Já demostrou-se que a flora bacteriana do magro e completamente diferente da do obeso. Quando a quantidade de bactérias patogênicas é maior que a quantidade bactérias benéficas, temos o que chamamos de Disbiose Intestinal. Precisamos assim possuir mais bactérias benéficas do que patogênicas, e isso não ocorre na grande maioria dos casos devido a maus hábitos alimentares como por exemplo consumo de alimentos acidificantes, água filtrada ou mineral com um pH abaixo de 7.4, bebidas alcoólicas, dieta com excesso de carboidratos, com baixo teor de fibras ou carência de vitaminas. Uso indiscriminado de antibióticos e omeprazol. A disbiose inibe a formação de vitaminas produzidas no intestino, como a B12 e permite o crescimento de fungos e bactérias prejudiciais. O tratamento da disbiose abrange duas linhas, uma dietética, por meio da ingestão de alimentos funcionais, que beneficiam a constituição da microbiota intestinal, e outra usando suplementação. Os alimentos funcionais que estão relacionados à melhora e à manutenção da microbiota são os probióticos, os prebióticos e os simbióticos. Evidências têm demonstrado que os alimentos probióticos e prebióticos também auxiliam a atividade da microbiota intestinal, promovendo o restabelecimento do equilíbrio destes microrganismos no intestino.