Epigenética consiste no estudo das mudanças hereditárias na expressão dos genes que independem de mudanças na sequência primária do DNA. É a ligação entre o inato e o adquirido, entre o gene e o ambiente. Ou seja, o que se pode mudar na expressão dos genes que foram herdados dos seus ancestrais. Todos os organismos vivos são compostos por células. Quem trabalha nas células são as proteínas, tanto dentro, quanto fora. Essas proteínas são codificadas pelas informações que estão no nosso código genético, o DNA. O DNA é passível de sofrer mutações, e consequentemente, temos alterações funcionais no organismo vivo. Um caso clássico de mutações são os cânceres. A partir da epigenética, entendemos como nossa relação com o ambiente externo modifica o comportamento epigenético no DNA. Por exemplo, se você fuma, o que você come, nível de estresse ao qual você está submetido e outros. Outro exemplo prático da epigenética são os gêmeos idênticos (univitelinos), que com o passar dos anos sua estrutura genética se diferencia em função dos acontecimentos vividos individualmente e do ambiente, tendo assim diferentes modificações do corpo, bem como aparecimento de doenças ou não. Através da alimentação, atividades físicas e controle de ansiedade você pode, por exemplo, ativar o gene do metabolismo, então a cada divisão celular no organismo o metabolismo será beneficiado. Da mesma forma se o gene do metabolismo foi desativado em uma célula, sua divisão irá prejudicar o metabolismo no todo. Um exame de DNA pode mostrar os marcadores epigenéticos e descobrir uma diabetes no seu início e começar a ser tratada antes da aparição dos sinais clínicos. Por isso meu tratamento em meus pacientes é sempre focado em uma rotina de alimentação saudável, atividades físicas, saúde mental, modulação hormonal e vários outros fatores que favorecem para uma epigenética favorável para a boa qualidade e longa vida das células. Logo, a pessoa desfruta de saúde integral e longevidade.