Considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos provocadores de mortes evitáveis, o tabagismo ainda é um problema a ser combatido. Desde 1988, a OMS adotou um dia específico, 31 de maio, para unir esforços contra o cigarro e seus malefícios. Fumar também é prejudicial ao condicionamento físico. Cigarro e esporte são dois nomes que não combinam. O tabaco, com componentes industriais tóxicos, é um grande vilão de um bom rendimento durante a prática de exercícios. Contendo cerca de 50 substâncias cancerígenas, o cigarro é capaz de deixar rastros de uso por todo corpo. A capacidade cardiovascular do fumante é afetada, colocando-o em uma posição inferior aos que não fumam. Dessa forma, um esforço mais intenso, como a atividade física, é capaz de provocar infarto. De maneira semelhante, a pressão arterial também pode gerar efeitos negativos, uma vez que esta aumenta após uma tragada, podendo ocasionar AVC (acidente vascular cerebral). A médio e longo prazo, cigarros causam enfisema pulmonar, uma doença progressiva dos pulmões que limita a sua capacidade. Muitos fumantes alegam que o cigarro provoca uma sensação de prazer e reduz o estresse. Esse suposto bem-estar, é proporcionado pela liberação de dopamina e serotonina quando a nicotina atinge o cérebro. Nesse ponto, as atividades físicas podem atuar como o “remédio” ideal. Quando uma pessoa faz musculação, corre, pedala ou outros esportes também estimula a disseminação desses neurotransmissores. As vantagens ao tirar o cigarro do dia-a-dia são sentidas em curto espaço de tempo. Após oito horas sem fumar, o nível de oxigênio no sangue já se normaliza. Livre do tabaco por cinco anos ou mais, a pessoa já readquiriu grande parte das suas condições corporais antes de começar a fumar. Após esse período, a possibilidade de derrame ou infarto pode ser igual ao de indivíduos que nunca fumaram. O caminho até ficar totalmente sem fumar é conquistado aos poucos, e as atividades físicas são "remédio" de uso contínuo. É fundamental o acompanhamento de médico e psicólogo.