Durante o processo de digestão, qualquer carboidrato obtido através da comida se descompõe até se converter em açúcares simples e glicose. Essa glicose entra então na corrente sanguínea, e é utilizada para a execução de atividades em tempo real (por exemplo, na hora do treino) ou pode ser acumulado como um depósito de energia para realizar atividades futuras. O organismo faz isso unindo às moléculas de glicose em glicogênio, e quando a capacidade de armazenamento se esgota, a glicose é transformada em gordura. No organismo humano, o glicogênio é acumulado no fígado principalmente (cerca de 100-120 g de glicogênio) e nos músculos (aproximadamente em 1% do peso corporal). No total, o corpo de um adulto guarda entre 200-300 g, é comum que as reservas sejam maiores no corpo de um esportista: 400-500 gr. As reservas de glicogênio do fígado são utilizadas para cobrir as necessidade de glicose que o corpo pode ter em um dado momento, enquanto que os depósitos no sarcoplasma de cada músculo são usados somente para suprir suas necessidades concretas. Os treinos físicos regulares aumentam o volume dos depósitos de glicogênio e do sarcoplasma, o que por sua vez faz com que os músculos pareçam maiores e volumosos, pois eles absorvem esse líquido como uma esponja. Um bom treino deve cumprir com dois requisitos: uma quantidade suficiente de depósitos de glicogênio nos músculos antes de treinar e a devida reposição destas reservas uma vez finalizado o exercício, importante para o reparo e hipertrofia. É por esta razão que, mesmo com o consumo de carnes e/ou suplementos de proteínas, é importante manter os carboidratos na dieta a fim de alcançar um crescimento muscular significativo.