Um idoso muito magro desperta imediatamente a suspeita de má nutrição. Porém, uma pessoa malnutrida pode estar abaixo ou acima do seu peso ideal. Os sinais mais comuns de má nutrição são a perda de peso não programada, falta de apetite, fraqueza muscular, fadiga, infecções frequentes e irritabilidade. Num idoso, esse impacto é bem maior, atrapalhando as atividades básicas do dia a dia. Estar acima do peso e malnutrido é mais comum do que se imagina, resultado de acúmulo de gordura, pouca massa magra e pele flácida. O risco de quedas aumenta, risco de fraturas também, o sistema imunológico é afetado, assim como a capacidade de recuperação do organismo e a autonomia. A má nutrição pode ser causada por doenças crônicas, problemas para mastigar e engolir, efeitos colaterais de medicamentos, dietas muito restritivas, ou até questões emocionais e neurológicas, como depressão e demências. É comum que idosos troquem refeições, principalmente a da noite, por um café com leite e biscoitos, deixando de consumir proteínas. Com problemas nos dentes e gengivas, ou dentaduras gastas ou mal ajustadas, a tendência é optar por alimentos pastosos e de valor proteico mais baixo. Há algumas técnicas para estimular que idosos passem a se alimentar melhor: estabelecer horários para disciplinar o consumo de alimentos; fracionar a alimentação diária, oferecendo refeições menos volumosas mais vezes ao dia; aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras e proteínas, garantir um ambiente agradável na hora das refeições. É importante ter acompanhamento com geriatra e nutricionista ou nutrólogo. Como sempre digo, a musculação também para o idoso e muito importante, o que poderá garanti-lhe melhor qualidade de vida.