Resultados de estudos recentes, informam que crianças brasileiras estão expostas a altas concentrações urinárias de desreguladores endócrinos, o que pode levar a danos no DNA. Quatorze EDCs foram encontrados em mais de 50% das amostras de urina analisadas de 300 crianças entre 6 e 14 anos de idade e a maioria das exposições foram associadas ao uso de produtos de higiene pessoal e cosméticos. O Brasil é campeão em vendas de produtos que possuem substâncias químicas desreguladoras endócrinas. São alguns exemplos o Ftalato: plastificante usado em produtos de cuidados pessoais (por ex., perfumes, loções, cosméticos), embalagens de alimentos, brinquedos infantis e outros; Fitoestrogênios: ocorrem naturalmente nas plantas que têm atividade “hormone-like”, como exemplo a Soja; Bisfenol A (BPA): utilizado em embalagens de plásticos de policarbonato e resinas epóxi, substância liberada ao esquentar plásticos no microondas, ou garrafas plásticas de água/refrigerantes que tomam sol ou expostas ao calor durante o transporte. Químicos perfluorados: usados para se fazer panelas antiaderentes e que podem, na verdade, se aderir a nós (altamente cancerígeno). Triclosan: antibacteriano e antifúngico presente em sabonetes, loções, desodorantes, cremes dentais, enxaguantes bucais, xampus e até desinfetantes de uso geral. Estes e muitos outros EDCs não citados, podem provocar prejuízos variados, ex: interferir no sistema endócrino, produzindo efeitos adversos no desenvolvimento, na reprodução e em funções neurológicas e imunológicas; Mimetizam hormônios (estrógenos, andrógenos, hormônios tireoidianos), gerando uma superestimulação; Alteração de DNA pela oxidação; Alteração no metabolismo hepático, e muito mais. É necessário ficar atento para evitar o contato com este tipo de substâncias, tanto para crianças, como adultos. O nutrólogo pode ser consultado para tratamento e prevenção.