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No Reino Unido, boa parte dos médicos transcreve, após um atendimento, detalhes sobre o paciente e sua condição em um programa de computador. Os dados, então, juntam-se aos de outras muitas pessoas em um sistema chamado Clinical Practice Research Datalink (CPRD). Com base no CPRD, eles seguiram 5,24 milhões de indivíduos, dos quais 2,5 milhões estavam obesos. Ao longo do tempo, 166.955 desenvolveram um dos 21 tipos de tumor. Esse é o maior estudo a respeito do tema. O sobrepeso está claramente associado a pelo menos dez dos cânceres analisados. São eles os de mama, endométrio, colo de útero, ovário, rim, vesícula biliar, fígado, cólon e tireoide, além das leucemias. Quase todos eles têm como ponto de partida os adipócitos, células que, fora armazenar gordura, fabricam substâncias que regem o funcionamento do organismo. Com o excesso de gordura, eles intensificam a produção de proteínas inflamatórias e de certos hormônios, como a leptina, que se espalham pela corrente sanguínea. Em excesso, eles promovem a multiplicação de células tumorais que, sem esse estímulo, talvez fossem eliminadas naturalmente. Assim o sobrepeso é como o pé no acelerador de nódulos malignos microscópicos. Agora, não dá para ignorar o fato de que os quilos a mais mascaram deslizes no estilo de vida capazes de abrir as portas para o câncer. O sedentarismo é uma das portas para a obesidade, pois, ao mesmo tempo que engorda, dispara por si só inflamações ameaçadoras. O mesmo acontece ao abordarmos sobre alimentação. Já existem evidências de que farinha e açúcar refinados, os embutidos, industrializados podem ser os potenciais desencadeadores de doenças. Em resumo, tudo isso prova a importância de balancear a alimentação e praticar exercícios. Além disso, um tratamento de tumor através de radioterapia seria mais tóxica do que o normal em gente acima do peso, porque a radiação precisaria atravessar mais tecidos antes de atingir seu alvo. Busque um estilo de vida saudável rumo à saúde e longevidade.