Porque do metilfolato e não só folato? Stories @benicio.ferrari
A gravidez, você sabe, é um período de grande demanda do organismo da mulher. Por conta disso, é consenso entre a maioria dos obstetras a ingestão de diferentes tipos de suplementos para garantir que a saúde da mãe e, por consequência, a do bebê. Mas isso não significa que a indicação é igual para todas as gestantes. Não basta sair tomando qualquer polivitaminico, pois são necessários testes sanguíneos para monitorar e avaliar se os nutrientes estão em dia. Um dos mais indicados são vitaminas do complexo B, como o ácido fólico ou folato. Como previne alterações importantes no tubo neural (estrutura que dará origem ao sistema nervoso no feto), o ideal é começar a ingeri-lo de 60 a 90 dias antes de engravidar e até o final do primeiro trimestre (12a semana) da gestação. Quando você come folato ou vitamina B9, em alimentos como espinafre, ou usa um multivitamínico ou come farinha ”enriquecida” com o ácido fólico, seu corpo tem de converte-lo em uma forma utilizável. Este processo requer uma enzima chamada MTHFR (5,10- metilenotetrahidrofolato redutase) para converter o ácido fólico em 5- metilenotetrahidrofolato. Mas há também a preocupação de que a suplementação de ácido fólico pode mascarar a deficiência de vitamina B12, deixando em níveis normais os marcadores sanguíneos típicos. Por isso a suplementação concomitante com B12 é recomendada. É necessário a suplementação com metilfolato, e começando com B12, sob a forma de metilcobalamina. Esse conjunto permite uma maior absorção do complexo B, resultando em níveis mais elevados de hemoglobina e, portanto, uma menor incidência de anemia durante a gravidez. Tenha sempre as recomendações e acompanhamento com o endocrinologista e obstetra.