Essa nova forma de combater o câncer recebeu o nome comercial de Kymriah (tisagenlecleucel). É utilizado uma técnica chamada CAR-T (receptor de antígeno quimérico de células T) para introduzir um anticorpo em células de defesa do organismo do próprio paciente, as mencionadas células T de seu acrônimo, para que reconheçam, e ataquem, as células cancerosas. Segundo um dos chefes da pesquisa, essa reprogramação celular marca uma nova fase na medicina moderna. Novas tecnologias como terapias genéticas e celulares têm o potencial de transformar a medicina, criando novas maneiras de tratar e mesmo curar muitas doenças intratáveis. O Kymriah e outras terapias que usam a mesma técnica são vistos como última esperança para as incontáveis vítimas de câncer. Como uma terapia imunocelular inovadora para crianças e jovens adultos que precisam desesperadamente novas opções, o Kymriah promete não apenas melhorar os resultados para os pacientes como também a maneira como o câncer é tratado atualmente. Apesar de ser considerado pelos seus defensores um tratamento “milagroso”, a nova terapia continuará a ser encarada como último recurso, já que seus efeitos colaterais podem ser considerados severos, incluindo uma condição conhecida como síndrome de liberação de citocinas, uma resposta sistêmica à ativação e proliferação das células CAR-T que provoca febre alta e outros sintomas parecidos com os de uma gripe, e problemas neurológicos, ambos com potencial de matar o paciente. Mesmo assim, o tratamento sem dúvida traz uma nova ótica sobre o problema do câncer e marca mais um avanço na medicina.