Disfunção alimentar, ou transtorno alimentar (TA), é um termo amplo usado para designar qualquer padrão de comportamentos alimentares que causam severos prejuízos à saúde de um indivíduo. Esses transtornos atingem entre 1 e 4% da população e seguem aumentando de frequência significativamente nos últimos anos. Os mais conhecidos são a anorexia e a bulimia, porém existem vários outros. Assim como todos outros transtornos, envolve múltiplos fatores como histórico de transtorno alimentar na família, histórico de transtornos de humor na família (como depressão ou transtorno bipolar), famílias autoritárias (anorexia) ou negligentes (bulimia), disfunções no metabolismo da serotonina e noradrenalina, certos traços de personalidade (Baixa autoestima, Introversão, Perfeccionismo (Anorexia), Impulsividade (Bulimia), Instabilidade afetiva, evitativo, ansioso (TCAP), dentre outros. Alguns remédios podem alterar o padrão alimentar diminuindo ou eliminando a sensação de fome. Nesse caso não se trata de um transtorno psicológico e sim de um efeito colateral conhecido como anorexia medicamentosa. Anoréxicos atingem uma grande perda de massa, de modo que o seu Índice de Massa Corporal se reduza a valores inferiores a 17,5 kg/m². A perda de peso pode ser efetivada por estrita restrição dietética, em adição a exercícios físicos excessivos; Por definição, bulímicos passam por episódios (pelo menos duas vezes por semana) de comilança desenfreada que resultam num consumo de calorias muito superior ao de uma pessoa normal no mesmo período. Seguidos desses episódios, são por eles empregados vários hábitos que visam compensar o ganho calórico, entre os quais os mais usados são as técnicas purgativas. Segundo a OMS, Hipergafia é quando um evento traumático resulta em um aumento no consumo de alimentos e consequentemente um rápido aumento de peso, geralmente resultando em obesidade piorando a autoestima e autoconfiança do indivíduo. Ortorexia se dá pela obsessão por alimentos saudáveis e nutritivos excluindo uma grande quantidade de alimentos, principalmente os mais industrializados, dessa dieta. Existem alguns testes psicológicos desenvolvidos especialmente para o diagnóstico de transtornos alimentares gerais. O diagnóstico geralmente é feito por médicos, psicólogos ou nutricionistas. O tratamento deve ser multidisciplinar, com acompanhamento médico, nutricional e psicológico, para que se possa alcançar um peso mais saudável, diminuir a influência dos fatores psicológicos mantenedores desse comportamento e prevenir ou conter as possíveis patologias associadas.