Até o momento existiam apenas estudos com animais mostrando que o whey poderia atuar simulando um inibidor da ECA (medicamento usado para reduzir a pressão arterial em pacientes hipertensos). De fato, os peptídeos derivados do whey têm um efeito inibidor contra a enzima conversora da angiotensina (ECA) e funcionam da mesma forma que os medicamentos para hipertensos. Estudo publicado agora em março de 2018 na conceituada revista científica Nature confirma essa hipótese. Nesse estudo foi observada uma queda significativa na pressão sistólica após ingestão de 28g de whey junto com café da manhã com alto teor de gordura quando comparado com ingesta de caseína ou maltodextrina em indivíduos com hipertensão leve (até 159x99mmhg). Além disso, o whey pareceu melhorar as medidas de rigidez arterial ao longo de um período pós-prandial de 8h em comparação com a caseína e a maltodextrina. Segundo a avaliação desse estudo, se observou que até cinco horas após o consumo de whey protein, houve uma diminuição da pressão arterial sistólica de 15 mmhg. O trabalho foi apenas o primeiro, é pequeno, portanto ainda são necessárias mais pesquisas para que possamos recomendar seu uso específico para os pacientes que sofrem de pressão alta. Outros estudos mostram que o whey protein pode diminuir os níveis de glicose no sangue e aumentar a liberação de hormônios que diminuem o apetite (leptina e PYY). Além disso, uma descoberta recente é que o consumo regular do whey protein no café da manhã pode diminuir a glicemia pós-prandial, diminuir a hemoglobina glicada (HbA1c) e favorecer o emagrecimento. O whey protein parece estimular o GLP-1 hormônio que possui potente ação na diminuição da glicemia através da estimulação da insulina e da inibição do glucagon. Portanto, o whey pode ser usado como uma estratégia importante no tratamento do diabetes 2.